domingo, 16 de janeiro de 2011

Dançando.


A dança é uma das comemorações e celebrações mais antigas da história mundial. O relato da dança mais antigo existente no mundo está na Bíblia no livro de Êx. 15:20 (leia-se Êxodo capitulo 15, versículo 20) onde após atravessarem o mar vermelho as mulheres tomam tamborins e com danças agradecem a benção concedida. Já sobre os variados estilos de dança hoje existentes são várias as teses e possibilidades, porém o fato notório é que a dança sempre foi utilizada como um meio do corpo expressar o que a alma sente.
Bem, tentarei ser mais clara.
A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia) ou improvisados (dança livre). A dança é algo quase que espontâneo. Dança-se independente do grau de escolaridade, classe social, raça ou gênero. A dança é a expressão da alma através do corpo que pode ocorrer acompanhada ou não de música. Dança-se por vários motivos. Profissional, cultural, religioso, sentimental, saúde, diversão. Dança-se por dançar.

A minha escolha pela dança como profissão, lazer e bem estar ocorreu quase que por acidente. Irracionalmente, como já foi mencionada anteriormente, a dança é espontânea e todo mundo dança, conhecendo ou não a técnica todo mundo um dia já dançou o que quer que seja. E eu comecei cedo. Recordo que por volta dos 7 anos eu já integrava um grupo de dança gospel que apenas fazia apresentações na própria igreja 1 vez ao mês. Fui crescendo e aos 10 anos ingressei num grupo de música, teatro e dança de outra igreja. O Benei-Aor me deu a base, aprendi coisas como alongamentos adequados para determinado tipo físico e carga trabalhada, noções de palco e disciplina. Aprendi devido à varias apresentações a responsabilidade do ensaio, de cumprir horários, do comprometimento que se deve ter com o grupo, do relacionamento interpessoal, da responsabilidade.
Passado isso, paralelamente sempre me interessei pelos variados tipos de dança existentes. Já fiz Street Dance, tive algumas aulas de Dança de Salão, apesar de felizmente já ter uma vocação para dança nunca tive muita dificuldade com danças de casais. Passei um tempo parada devido aos estudos de adolescência e já na faculdade  resolvi voltar a dançar como hobbie sem sequer imaginar que seria exatamente aí que me encontraria como pessoa, como profissional.
 Comecei a ter aulas de dança Contemporânea com o Mestre Black Escobar e ele soube reconhecer e tirar de mim o melhor da bailarina que eu tinha e poderia ser. Com o Arte em Movimento dancei nos mais variados palcos e locais do Brasil. Pouco tempo depois tive a oportunidade de ser “descoberta” por Marisa Queiroga como bailarina clássica. Confesso que o convite dela me deixou assustada, porém encontrei na dança clássica minha real vocação. Eu que até 2 anos atrás tive a dança em todas as suas modalidades inserida na minha vida paralelamente a tudo que eu vivia, hoje a dança se mostra essencial para o meu viver.
Apesar de saber que entrei profissionalmente na dança muito tarde, já com 19 anos, sei que tenho muito a aprender e um caminho muito longo a seguir, todo dia uma nova aprendizagem, uma superação corporal, um obstáculo e uma vitória. É assim que vejo a dança. É isso que a dança sempre foi e vai ser eternamente na minha vida. Não só o meu ganha pão, mas acima de tudo meu objetivo de vida, a excelência dos movimentos e a perfeição da expressão do meu corpo é o que me motiva agora, a dançar.
Dance também.

3 comentários:

  1. Hum, muiiiiiiiiiito bom Laís, seu texto. Parabéns!
    E o mais importante é se encontrar em alguma profissao. E, você já sabe o que quer, já conhece o caminho. Desejo entao: muito êxito na sua escolha e vocaçao. Bjs

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  2. Que lindo!
    Minha relação com a dança tbm se resume em amor, igual a sua!
    Beijos gata!

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