sábado, 29 de janeiro de 2011

Encantamento.

Ah, a paixão. Sentimento forte e intenso que nos toma e nos deixa loucos. A paixão tem vários significados então não é sobre ela que vim falar e sim sobre o Encantamento. É, encantamento! Fase que antecede a paixão ou, no meu caso, que acontece pelo simples fato de acontecer.

Eu e minha prima vivemos paralelamente uma vida cheia de acontecimentos iguais. Por exemplo, nosso primeiro beijo foi quando ambas tínhamos a mesma idade, nossa primeira menstruação, nosso primeiro grande amor, nossa primeira vez etc. e acreditem nada disso foi combinado, os fatos nas nossas vidas sempre ocorreram coincidentemente na mesma época. O que só serviu para nos unir e nos conhecer mais.

Então no fim de 2010 ambas saímos de relacionamentos longos e difíceis... Curtimos nosso período de fossa juntas e assim como quem não quer nada resolvemos jogar tudo pro ar e aos poucos voltar a viver e foi exatamente nesse dia que o destino preparou para nós duas algo que a gente jamais imaginaria. Seríamos pegas por esse tal de encantamento aí.

E eu percebi isso vendo ela em mim e me vendo nela. Na nossa ansiedade em ver de novo, na angustia de ficar sem saber se devemos ligar ou não, e que roupa colocar, o que dizer, até onde ir. Na falta de apetite repentino e na insônia cruel. Nos suspiros sem motivos no meio do dia, das risadas bestas com as mais simples palavras...  O que eu quero dizer é que totalmente sem motivo estamos nos sentindo bem, eles nos fazem sentir assim, a gente nem se preocupa com o futuro, com a velocidade ou com a intensidade. O sentimento de liberdade é sem igual, a felicidade com o dia a dia e aquele bem estar... Tornando mais importante não a pessoa que despertou isso na gente e sim a esperança de uma vida melhor que nos foi resgatada.

Quando se perde um grande amor se perde a razão, se perde o chão e somos invadidos por uma desilusão que às vezes nos leva a descrer de um futuro bom. Mas se sabemos que “as misericórdias do Senhor são as causas de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim, renovam-se a cada manhã” (Lm. Capitulo 03. versículo 22) devemos não nos desesperar e pensar que o mundo não tem mais sentido e sim abrir nossa mente para o melhor de Deus que está por vir.
Bem, ao contrário da minha prima que está jajá passando para o nível da paixão e quem sabe futuramente amor, eu agradeci a Deus por esse encantamento que tive nesses últimos dias da minha vida e já parei por aí.  Tenho outras coisas mais importantes pra fazer do que me apegar agora. Mas uma coisa eu digo... O encantamento é raro! Não acontece assim prá todo mundo. Saiba aproveitar o seu e entenda os limites dessa fase. Eu particularmente soube aproveitar cada momento e tirei desse encantamento só o melhor que ele poderia me dar e hoje estou bem. Já minha prima... kkkkkk

Te amo.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Anjos


Hoje eu posso dizer que tenho amigos de verdade. São poucos, mas são os melhores amigos do mundo. Os verdadeiros anjos.

Ao longo da minha vida sempre tive aqueles amigos de época, que era alguém da minha sala ou que fazia alguma atividade extra comigo e daí a gente andava por um tempo juntos, vivíamos inseparáveis até eu arrumar outra atividade e outro amigo da vez. Mas esses que hoje eu enxergo estão comigo desde sempre e pra sempre vão estar. Agora eu entendo quando minha avó dizia que seus amigos de verdade são sua família. 

Ser meu amigo não é tarefa fácil, sou a mesma pessoa sempre, meu humor é constante e meus gostos também, isso irrita. Gosto de estar a cada dia num lugar, fazendo e vivenciando coisas diferentes. Isso irrita. Sou puritana, mas não sou santa. Isso choca. Sou super verdadeira e amo Backstreetboys. Isso assusta.

É fácil reconhecer quem são meus amigos de verdade. Primeiro porque eles estão sempre comigo. Eles não me fazem muitas perguntas, me deixam a vontade, tomam conta da minha vida amorosa, da minha segurança e do meu bem estar emocional. Choram comigo, me fazem rir, me ligam nas horas certas e vivem dentro da minha casa, me falam a verdade que eu nunca quero ouvir, me botam de castigo quando eu bebo e começo a fazer besteira, mandam eu estudar e ficam quietos quando eu to no comando. Eles sempre me deixam no comando. Eles confiam e acreditam em mim, não me acham uma louca no todo e entram em todas as minhas brigas.

São pessoas abençoadas por Deus com o dom de fazer do meu mundo um lugar melhor. E eu agradeço a Deus todos os dias por eles. 

Isso aqui não é bem um texto especial pro blog e sim uma forma de homenageá-los mesmo sem citar nomes. Pensei que Só Deus sabia o que eu to passando... Mas eles sabem, eles me conhecem. 
Eles estão me ajudando. Os anjos que me seguram quando eu caiu e cuidam de mim, me botam pra dormir e vigiam meu sono. Me acordam com beijinhos e coca... 
Só pra ver se eu to bem... E se eu to bem? Bem, vou ficar!

domingo, 16 de janeiro de 2011

Dançando.


A dança é uma das comemorações e celebrações mais antigas da história mundial. O relato da dança mais antigo existente no mundo está na Bíblia no livro de Êx. 15:20 (leia-se Êxodo capitulo 15, versículo 20) onde após atravessarem o mar vermelho as mulheres tomam tamborins e com danças agradecem a benção concedida. Já sobre os variados estilos de dança hoje existentes são várias as teses e possibilidades, porém o fato notório é que a dança sempre foi utilizada como um meio do corpo expressar o que a alma sente.
Bem, tentarei ser mais clara.
A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. Caracteriza-se pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia) ou improvisados (dança livre). A dança é algo quase que espontâneo. Dança-se independente do grau de escolaridade, classe social, raça ou gênero. A dança é a expressão da alma através do corpo que pode ocorrer acompanhada ou não de música. Dança-se por vários motivos. Profissional, cultural, religioso, sentimental, saúde, diversão. Dança-se por dançar.

A minha escolha pela dança como profissão, lazer e bem estar ocorreu quase que por acidente. Irracionalmente, como já foi mencionada anteriormente, a dança é espontânea e todo mundo dança, conhecendo ou não a técnica todo mundo um dia já dançou o que quer que seja. E eu comecei cedo. Recordo que por volta dos 7 anos eu já integrava um grupo de dança gospel que apenas fazia apresentações na própria igreja 1 vez ao mês. Fui crescendo e aos 10 anos ingressei num grupo de música, teatro e dança de outra igreja. O Benei-Aor me deu a base, aprendi coisas como alongamentos adequados para determinado tipo físico e carga trabalhada, noções de palco e disciplina. Aprendi devido à varias apresentações a responsabilidade do ensaio, de cumprir horários, do comprometimento que se deve ter com o grupo, do relacionamento interpessoal, da responsabilidade.
Passado isso, paralelamente sempre me interessei pelos variados tipos de dança existentes. Já fiz Street Dance, tive algumas aulas de Dança de Salão, apesar de felizmente já ter uma vocação para dança nunca tive muita dificuldade com danças de casais. Passei um tempo parada devido aos estudos de adolescência e já na faculdade  resolvi voltar a dançar como hobbie sem sequer imaginar que seria exatamente aí que me encontraria como pessoa, como profissional.
 Comecei a ter aulas de dança Contemporânea com o Mestre Black Escobar e ele soube reconhecer e tirar de mim o melhor da bailarina que eu tinha e poderia ser. Com o Arte em Movimento dancei nos mais variados palcos e locais do Brasil. Pouco tempo depois tive a oportunidade de ser “descoberta” por Marisa Queiroga como bailarina clássica. Confesso que o convite dela me deixou assustada, porém encontrei na dança clássica minha real vocação. Eu que até 2 anos atrás tive a dança em todas as suas modalidades inserida na minha vida paralelamente a tudo que eu vivia, hoje a dança se mostra essencial para o meu viver.
Apesar de saber que entrei profissionalmente na dança muito tarde, já com 19 anos, sei que tenho muito a aprender e um caminho muito longo a seguir, todo dia uma nova aprendizagem, uma superação corporal, um obstáculo e uma vitória. É assim que vejo a dança. É isso que a dança sempre foi e vai ser eternamente na minha vida. Não só o meu ganha pão, mas acima de tudo meu objetivo de vida, a excelência dos movimentos e a perfeição da expressão do meu corpo é o que me motiva agora, a dançar.
Dance também.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Cadê ele?


É definitivamente um saco ter que responder a essa pergunta.

E nessa época de fim de ano, confraternizações, festa de família, trabalho, dança... E todos perguntam! Não há esse cristão que ao me cumprimentar não solte a velha frase. E os desconhecidos não estão salvos. Esses sempre vem com aquele ar questionador de indignação pelo fato de eu estar sozinha. Como se eu precisasse estar com alguém, principalmente dele, para continuar bem e feliz como me encontro agora. Obrigada.
O problema é que nossa relação está estigmatizada. Todos já ouviram falar de nós e como somos inconstantes, como nosso caso é intenso e como a gente se ama de verdade, de nossas brigas, insatisfações, e de nossas voltas aparentemente impossíveis, porém brilhantes. Creio que é essa nossa novela que faz as pessoas ao nosso redor se interessarem e tentarem dar tantos “conselhos” pelo que nós temos.
No inicio do segundo semestre do ano que se findou nós estávamos numa má fase corriqueira e eu pensei seriamente em começar uma nova história, com alguém diferente que me fizesse abstrair de tudo aquilo que eu estava acostumada a viver.  Foi então desse estranho, hoje amigo, que ouvi uma verdade nua e crua que me rasgou a alma ferindo meu orgulho profundamente, as palavras que aquele cara me disse jogaram qualquer argumento meu pelo chão. Ele contou a minha história até com final. E me despertou pra uma realidade que só alguém de fora do relacionamento consegue enxergar.
Voltei pra quem era meu Dono. Meu único Homem e Senhor.
Já amei loucamente, já tive raiva insana, já quis deixar, já quis viver pra sempre, já quis matar, já quis morrer, já quis ser só amiga, já exigi ser a única na vida dele. Já pensei que seriamos felizes para sempre, já me arrependi de ter até conhecido. Mas sei o que sinto, sei o que temos, e principalmente o que jamais iremos ter, conheço nossas habilidades e onde erramos mais e todo esse tempo que passamos juntos eu sei, não foi em vão.
Então quando me perguntam: - “Cadê ele?”  ...  “Ainda tão juntos?”   ...  “Cês tão bem né?”
Eu sempre vou responder a mesma coisa: - “tá bem, estamos bem. Vai ficar tudo bem”