domingo, 9 de janeiro de 2011

Cadê ele?


É definitivamente um saco ter que responder a essa pergunta.

E nessa época de fim de ano, confraternizações, festa de família, trabalho, dança... E todos perguntam! Não há esse cristão que ao me cumprimentar não solte a velha frase. E os desconhecidos não estão salvos. Esses sempre vem com aquele ar questionador de indignação pelo fato de eu estar sozinha. Como se eu precisasse estar com alguém, principalmente dele, para continuar bem e feliz como me encontro agora. Obrigada.
O problema é que nossa relação está estigmatizada. Todos já ouviram falar de nós e como somos inconstantes, como nosso caso é intenso e como a gente se ama de verdade, de nossas brigas, insatisfações, e de nossas voltas aparentemente impossíveis, porém brilhantes. Creio que é essa nossa novela que faz as pessoas ao nosso redor se interessarem e tentarem dar tantos “conselhos” pelo que nós temos.
No inicio do segundo semestre do ano que se findou nós estávamos numa má fase corriqueira e eu pensei seriamente em começar uma nova história, com alguém diferente que me fizesse abstrair de tudo aquilo que eu estava acostumada a viver.  Foi então desse estranho, hoje amigo, que ouvi uma verdade nua e crua que me rasgou a alma ferindo meu orgulho profundamente, as palavras que aquele cara me disse jogaram qualquer argumento meu pelo chão. Ele contou a minha história até com final. E me despertou pra uma realidade que só alguém de fora do relacionamento consegue enxergar.
Voltei pra quem era meu Dono. Meu único Homem e Senhor.
Já amei loucamente, já tive raiva insana, já quis deixar, já quis viver pra sempre, já quis matar, já quis morrer, já quis ser só amiga, já exigi ser a única na vida dele. Já pensei que seriamos felizes para sempre, já me arrependi de ter até conhecido. Mas sei o que sinto, sei o que temos, e principalmente o que jamais iremos ter, conheço nossas habilidades e onde erramos mais e todo esse tempo que passamos juntos eu sei, não foi em vão.
Então quando me perguntam: - “Cadê ele?”  ...  “Ainda tão juntos?”   ...  “Cês tão bem né?”
Eu sempre vou responder a mesma coisa: - “tá bem, estamos bem. Vai ficar tudo bem”

Nenhum comentário:

Postar um comentário