quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Minha Sogra

Bem, nem sei ao certo porque decidi voltar a escrever num blog e muito menos o motivo pelo qual escolhi começar falando logo sobre a minha sogra.
       A minha sogra não é lá a pessoa mais simpática do mundo, dona de um humor incontestavelmente irritante e de um vocabulário completamente inapropriado para as situações adversas esta mulher, que vou chamar apenas de minha sogra, tem uma história de vida exemplar, porém não se difere de muitas outras mães que conheço por aí. Então surge a pergunta da razão que me leva a escrever sobre tal senhora, e eu respondo... No final do texto, obviamente.
      Outro dia eu e o seu respectivo filho estávamos passando por alguns problemas no nosso relacionamento. Minha sogra nunca foi do tipo de se meter nas nossas coisas, bem, pelo menos não até esse dia. Antigamente o único contato que nós tínhamos era alimentício. Quando eu estava na casa dele ela sempre fazia comidas gostosíssimas pra gente, mas depois eu descobri que ela cozinha bem normalmente no dia a dia. Aí um dia ela me acordou as 6he40min da manhã. Me assustei com a chamada, era algo que eu realmente não esperava. Atendi e ela educadamente foi gritando – Que história é essa? Daí em diante já comecei a entender que se as coisas não eram fáceis agora ia piorar TUDO.
          Depois desse dia as ligações dela, devido ao nosso problema, se tornaram mais freqüentes, teve dia de eu sair de casa pra passar a tarde conversando com ela e mal via ele.
        Hoje me peguei rindo ao lembrar as coisas que ela me disse na última vez que a vi. Eu tava pegando minha bolsa pra ir pra faculdade e fui me despedir dela. Agradeci o café da manhã que ela me fez e dei um abraço demorado que falava tudo que eu não tenho coragem de dizer, mas ela? Ela me soltou e começou a falar que era pra eu dar um jeito na situação do meu relacionamento com o filho dela ou ela me jogava da janela do apartamento a baixo num terreno baldio onde ninguém encontrasse meu corpo. O.o
 Eu ri...
         E mesmo diante da ameaça de morte respondi que sabia que no fundo ela me amava e que eu também gostava muito dela. Foi quando ela consentiu e eu fui embora. Rindo o resto do dia.
Naquelas conversas foi que percebi com quem estava lidando, uma mulher forte, batalhadora, humilde, simples, porém conservadora, reclamona, insatisfeita com a vida, ousaria até dizer que ela é meio... infeliz. Senti esse peso nela na primeira conversa séria que nós tivemos.
       Minha sogra pode ter alguns defeitos, e o fato de não ter papas na língua ajudado a afastar as pessoas dela, porém aquela mulher que tantos criticam me ensinou uma das maiores lições que já aprendi na vida. Lição esta que está na Bíblia, que eu lia, mas não entendia exatamente o que significava.
                                                     Uma mulher sábia edifica sua casa.